sábado, 20 de março de 2010

NO AMOR, OS LIMITES ENTRE PRISÃO E LIBERDADE SÃO INDISTINTOS

Há momentos na vida em que somos condenados a viver em liberdade. É quando o amor nos pega de surpresa entra pela porta dos fundos, sorrateiramente e invade o coração insidiosamente. É quando nos sentimos presos aos nossos sentimentos embora sejamos livres em nossos movimentos. Movimentos que se tornam lentos, incertos e inconseqüentes.
Não há prisão pior que aquela que ocorre em plena liberdade, aquela em o seu coração é o grande cárcere!
Prisioneiros dos nossos próprios sentimentos capitulamos deixamos transparecer as marcas da decadência moral que nos afeta.
Somos motivo de criticas, censuras e até de piedade! Não costumamos lidar com os sentimentos mais profundos porque fomos ensinados a viver a luz das convenções. Somos obrigados a sentir o que todos sentem como se sentimentos fossem um direito isonômico.
Ninguém ver o mundo do mesmo jeito, cada um de nós tem uma maneira própria de vê-lo. Sabemos que este caminho pode afetar os nossos circunstantes, sobremaneira os mais próximos, mas, sentimento é algo incontrolável!
A sensibilidade é algo inerente, peculiar e pessoal, por isso o sentimento de amar estimula as pessoas de forma especifica. As reações são portanto, individuais, não há plural nestes casos.
Dizem que amar é tudo, mas esquecem de dizer que também pode ser nada, tanto que, por amor se mata e se dá flor!
Dentre todas as formas de sentir e prender o amor é a mais forte das prisões, porque ele nos prende em liberdade e confunde os limites!
O amor aparece e desaparece da mesma forma, nós prende, e nos liberta da mesma forma.
O amor desconhece a razão ou são no mínimo sentimentos antagônicos. Com a razão não há amor há compromisso. Amor se sente com o coração,onde ai colocado somos detentos da paixão!
Às vezes nos prendemos pelo amor só para encontrar a liberdade, liberdade que vira prisão que sonha com liberdade. É o ciclo do amor prendendo os corações e soltando as emoções!
Isso não para nunca é demasiado humano!

José Antonio da Silva - Cabo Frio - 11/03/2010.

domingo, 7 de março de 2010

OBSCURO

OBSCURO
À noite sou recluso
Tenho medo do escuro!
A noite nada tem a dar
Além do obscuro!
Fujo da noite porque não tem luz,
Assim como o diabo também
Foge da cruz!
A noite é incerta, é quase deserta,
Porque não tem luz!
Não nos vemos na noite,
É como não ser,
Nem a noite nos vê!
A noite não tem fresta, não presta!
A noita é perversa,
Palco de ignomínias dos perdidos
Nas festas.
Busco entender a escuridão,
Sua finalidade, sua razão de ser,
Mas só encontro o medo de não
Mais me ver!
Sou menos que um angström
Na escuridão do ser!

José Antonio da silva,
Cabo Frio, 07/03/2010.