domingo, 21 de novembro de 2010

EU SENSÍVEL

EU SENSÍVEL

Ando muito sensibilizado.
Só não digo que estou a
flor da pele, porque já
disseram antes. Mas peço licença
ao poeta para dizer que estou
sim, a flor da pele.
De vez em quando algo agudo
Fura-me o coração.
Sinto um frio na barriga e uma
Enorme nostalgia, de instantes
Distantes que me transportaram
Muitas vezes para euforia.
Algumas lembranças são fundamentais,
Para que se continue na vida até o
Esquecimento total e definitivo.
Enquanto isso a dor é meu castigo,
Pelo que fiz ou deixei de fazer.
Não que a dor seja mortal, mas
Incomoda porque toca fundo,
Um âmago sofrido.
Não sei por que ficar assim, se
Nunca quis o que quis, nem tampouco
Aceito o que fiz.
Pura ilusão de momentos felizes
Que nunca vivi.
Sei que o que vivi não foi por amor,
Mas pelo acaso que o destino me
Reservou.
O destino é incontrolável, é robótico,
E programático.
Enquanto eu sou apenas um objeto
Do sentimento!

José Antonio da Silva,
Rio de Janeiro de 2009.
(Último dia de um ano que não acabou...)

Uma visão de Schopenhauer sobre o sexo

"...Depois do amor à vida, o sexo é a maior é a mais ativa força e ocupa quase todas as vontades e pensamentos da porção mais jovem da humanidade.Ele é a meta final de quase todos os esforços humanos. Exerce uma influência desfavorável nos assuntos mais importantes, interrompe a toda hora as ocupações mais sérias e às vezes inquieta por algum tempo as maiores mentes humanas. O sexo é realmente o alvo invisível de toda ação e conduta e surge em toda parte,apesar dos panos que são jogados em cima dele. Motivo de guerra e objeto de paz, fonte inesgotável da razão, chave de todas as insinuações e sentido de todas as pistas misteriosas,de todas as ofertas silenciosas e olhares roubados, é nele que pensam os jovens, e com frequência os velhos também; no que pensam os impudicos todas as horas e a fantasia recorrente e constante dos pudicos, mesmo contra a vontade deles."

sábado, 20 de novembro de 2010

Schopenhauer


- Quando eu tinha trinta anos, estava cansado e aborrecido por ter de considerar iguais a mim pessoas que nada tinham a ver comigo. Como um gato que, quando pequeno, brinca com bolinhas de papel porque acha que são vivas e parecem com ele, assim me sinto em relação aos bípedes.