EU SENSÍVEL
Ando muito sensibilizado.
Só não digo que estou a
flor da pele, porque já
disseram antes. Mas peço licença
ao poeta para dizer que estou
sim, a flor da pele.
De vez em quando algo agudo
Fura-me o coração.
Sinto um frio na barriga e uma
Enorme nostalgia, de instantes
Distantes que me transportaram
Muitas vezes para euforia.
Algumas lembranças são fundamentais,
Para que se continue na vida até o
Esquecimento total e definitivo.
Enquanto isso a dor é meu castigo,
Pelo que fiz ou deixei de fazer.
Não que a dor seja mortal, mas
Incomoda porque toca fundo,
Um âmago sofrido.
Não sei por que ficar assim, se
Nunca quis o que quis, nem tampouco
Aceito o que fiz.
Pura ilusão de momentos felizes
Que nunca vivi.
Sei que o que vivi não foi por amor,
Mas pelo acaso que o destino me
Reservou.
O destino é incontrolável, é robótico,
E programático.
Enquanto eu sou apenas um objeto
Do sentimento!
José Antonio da Silva,
Rio de Janeiro de 2009.
(Último dia de um ano que não acabou...)
domingo, 21 de novembro de 2010
Uma visão de Schopenhauer sobre o sexo
"...Depois do amor à vida, o sexo é a maior é a mais ativa força e ocupa quase todas as vontades e pensamentos da porção mais jovem da humanidade.Ele é a meta final de quase todos os esforços humanos. Exerce uma influência desfavorável nos assuntos mais importantes, interrompe a toda hora as ocupações mais sérias e às vezes inquieta por algum tempo as maiores mentes humanas. O sexo é realmente o alvo invisível de toda ação e conduta e surge em toda parte,apesar dos panos que são jogados em cima dele. Motivo de guerra e objeto de paz, fonte inesgotável da razão, chave de todas as insinuações e sentido de todas as pistas misteriosas,de todas as ofertas silenciosas e olhares roubados, é nele que pensam os jovens, e com frequência os velhos também; no que pensam os impudicos todas as horas e a fantasia recorrente e constante dos pudicos, mesmo contra a vontade deles."
sábado, 20 de novembro de 2010
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