EU SENSÍVEL
Ando muito sensibilizado.
Só não digo que estou a
flor da pele, porque já
disseram antes. Mas peço licença
ao poeta para dizer que estou
sim, a flor da pele.
De vez em quando algo agudo
Fura-me o coração.
Sinto um frio na barriga e uma
Enorme nostalgia, de instantes
Distantes que me transportaram
Muitas vezes para euforia.
Algumas lembranças são fundamentais,
Para que se continue na vida até o
Esquecimento total e definitivo.
Enquanto isso a dor é meu castigo,
Pelo que fiz ou deixei de fazer.
Não que a dor seja mortal, mas
Incomoda porque toca fundo,
Um âmago sofrido.
Não sei por que ficar assim, se
Nunca quis o que quis, nem tampouco
Aceito o que fiz.
Pura ilusão de momentos felizes
Que nunca vivi.
Sei que o que vivi não foi por amor,
Mas pelo acaso que o destino me
Reservou.
O destino é incontrolável, é robótico,
E programático.
Enquanto eu sou apenas um objeto
Do sentimento!
José Antonio da Silva,
Rio de Janeiro de 2009.
(Último dia de um ano que não acabou...)
domingo, 21 de novembro de 2010
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Que lindo o texto, tio!!!!!!!
ResponderExcluirE feliz daquele que se permite ser apenas um objeto do sentimento... :)
Beijo!!!!
muito lindo esse texto!! parabéns!
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