terça-feira, 3 de agosto de 2010

MONÓLOGO

MONÓLOGO

Às vezes abro a janela
para ver onde estou.
Descubro – estou só.
Ouço um som nostálgico,
penso num poema, e
também no poeta.
A letra é bonita, canta a vida
que a gente leva, ou a que
nos leva! Que a gente chora
ou rir!
Mas é longa a espera, pela
morte ou por ela!
Enquanto o som ecoa,
a vida transcorre à toa,
às vezes ruim outras numa boa.
Na rua não vejo o que quero
olho de lado vejo a forma,
vejo o jeito e o gesto,
mas, não vejo o resto do que
quero ver, não vejo o rosto
que procuro. Pressinto algo obscuro!
Talvez ninguém, talvez você, sequer
alguém para me compreender.
Entro no clima, me toco pulo
a janela entro no escuro
só para ver se a vejo!

José Antonio da Silva,
Cabo Frio – 03/08/2010.

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