sexta-feira, 27 de agosto de 2010

NOSTÁLGICO

NOSTÁLGICO

O dia vai, o dia vem,
O tempo passa pelos
Mesmos lugares, eu
Sem algo – para amar!
Deito a pensar na nostalgia,
Que causa, tudo que é passado,
Vem a lembrança do que era.
A música invade o espaço,
A voz do cantor é gutural,
Um jazz se espraia na brisa do mar.
Paro – penso por onde andará
O amor, em que ares respira,
Em que mares mergulha ou foi
Navegar.
Volto de grande distância, do fundo
Do poço para superfície para me
Reencontrar!
Redescubro a realidade nua e crua
Que a vida impõe aos fracos
De sentimento, não vejo sequer
Um alento para me transformar!
A noite cai, de cima do morro
A luz se faz na cidade maravilhosa,
O som recrudesce é carinhoso, sobre
A baia e a silueta cobre, da beleza,
A baia se mostra transpassada pelo
Traço arquitetônico que leva as
Pessoas de um lado para o outro de suas águas.
No palco surge a mulher com um vestido cortina,
Manda música no ar e uma balada se ouve soar.
Cada um canta uma canção que fala da vida,
A noite continua e se aproxima da madrugada,
Da Urca ao pão de açúcar vê-se o Rio iluminado,
Sob a silueta do céu enfeitado de estrelas a
Contemplar as águas da Guanabara maltratada!

José Antonio da Silva,
Cabo Frio – 19/08/2010.

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