quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

CIDADE VIVA

CIDADE VIVA

Seu coração pulsa, como num
Corpo enche suas artérias
De sangue multicor. Seus glóbulos
São complexos, nem brancos
Nem vermelhos mas de todas as cores.
Fazem barulho de bolhas turbulentas
Que se agitam em múltiplas direções.
O som é estridente, incomoda, é diferente,
Cada um por si não há tempo de um por
Todos nem de todos por um. Cada qual
Busca sua turma, se vira ou é esmagado.
A cidade vive sua vida e a vida de todos,
A cidade é vitima que faz vitimas. Não dorme,
Não acorda é perene, é explorada e também
Explora.
Uns vão outros voltam, dá-se o oposto a todo
Momento. O oposto da glória, da miséria, da fome,
Que come seus cidadãos pelo que são e não são!
A cidade é forte, é vida é morte!
A cidade é uma saga, uma doença social feito uma praga!
É a sorte ou o azar, onde se pode ou não pode – a cidade
É forte, tem porte de coisa grande!
É mega, é pedra é fome!
Tem muitos horizontes, mas nos consome.
A cidade é indiferente.

José Antonio da Silva,
Rio de Janeiro – 03/09/2010.

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