sábado, 29 de junho de 2013
ARMA DOS INSENSATOS
ARMA DOS INSENSATOS
Fria era a tarde de domingo,
a música invadiu meu peito ,
falando de coração partido,
enquanto o meu também
estava partido de solidão e medo.
Pensei no tempo em que
vivi ao lado do amor perfeito,
a elevar a minha auto estima.
Não me reconheci, fiquei com medo
que não pudesse mais amar daquele jeito,
irresponsável de ser, de viver momentos
inusitados que um ser amado não pode viver!
Descobri em termos que aquele amor
foi perfeito porque amei a mim mesmo,
a partir da projeção que fiz sobre o abjeto
corpo de uma alma sem asas, que busca
apenas o gozo - musa da vulgaridade que
me repugna pelo que fiz por desejo.
Abstraio-me para refletir e descobrir
que o desejo é arma dos insensatos.
José Antonio da Silva - Cabo Frio - 28/08/2011.
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