quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O FIM

O FIM
Um dia, finalmente disse não,
Talvez inconteste, sua razão.
Sem sequer saber como
Ficaria o velho coração, que
Apaixonadamente viveu,
Por muito tempo,
a margem da razão, apesar da
dor que impingiu a outro coração.
Foi enfática em sua ação,
Enfim vomitou o que certamente,
Por tanto tempo lhe causara,
Náuseas e indigestão!
Já não era mais amor o que sentia,
Mas apenas a amizade, que,
Confundiu tanto tempo com paixão.
Já não sente amor, nem tesão,
Mas apenas afeto e gratidão,
Por quem por tanto tempo confundiu
Com o seu próprio pai. Talvez
Num complexo de Édipo enrustido.
Quem sabe?
Talvez por ter pago um alto preço,
De viver angustiosamente uma provação
De se doar ao desejo carnal de um ancião.
O que faz a vida com as pessoas?
A quem não se cuida; não perdoa.
Assim foram vividos anos de ilusão,
Não se sabia na verdade o que
Mantinha a relação. Esdrúxula,
Diga-se a bem da verdade. Algo que não trás
Felicidade a ninguém, no entanto
Acontece com as melhores famílias.
Melhor assim, quando a vida nos
Mostra o adverso e também o caminho
De sair, do nefasto processo, que
Devasta mentes e corações, por via
De desejos inconfessáveis.
Porque a vida é assim ninguém sabe,
Mas que promove turbilhões de paixões,
Emoções e outros sentimentos,
Isto; promove.

Cabo Frio-23/12/2009.
José Antonio da Silva.
(Um instante de reflexão sobre o passado…)

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