sexta-feira, 30 de abril de 2010

PERDA DO MUNDO

A PERDA DO MUNDO

Não à toa a longos tempos idos
Os estóicos,
Imaginaram o homem pelos
Seus cinco sentidos,
Ser a micro-estrutura do universo!
Tema sobre o qual coube ao
poeta fazer versos!
Pelo amor que tem o homem
Ao seu próximo de ambos os sexos.
Amor achado, mas às vezes perdido,
Amor perverso, ou desarvorado,
Consciente ou desejado
Aquele que pesa sobre os nossos ombros
Pelo complexo da culpa,
que, vez em quando, se esvai sem
Nenhum compromisso!
È como se algo literalmente,
Nos transportasse a um mundo perdido!
Onde dói, o corpo, a alma e todos os sentidos!
O amor é assim, quando perdido ou moribundo,
Causa a sensação de que se perde o mundo!
Posto que somos seu corpo e sua alma!

José Antonio da Silva,
Rio de Janeiro, 30/04/2010.

sábado, 24 de abril de 2010

SEM AMOR PRÓPRIO

SEM AMOR PRÓPRIO
Quantas vezes em tantos braços,
Um ninho procuraste,
Ainda púbere te entregaste
Ao orgasmo de outrem,
Malicioso estético caçador
De prazeres, o satisfizeste!
Sem saber porque buscaste
Tantos outros diferentes,
Ainda que não saibas serem
Todos iguais!
No inicio a fúria, no meio a êxtase,
No fim o cansaço e a tristeza!
A incerteza de depois! E a dura
Realidade da insana caminhada!
Busca em te o amor que em outrem
Jamais encontraste para te deixar em paz!
E não orgasmos diferentes de múltiplos,
Rapazes!
Em fim onde, chegará aquele que não
Ama a si próprio?
Quem neste caminho poderá amar?
Se doar é muito simples para quem
Sabe amar!
Mas, muito triste para quem apenas
Se dá!
Mesmo que no íntimo o estético predomine,
Busque a ética e raciocine!

José Antonio da silva,
Rio de Janeiro- 24/04/2010.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

NO ESPAÇO DA IDEIAS

NO ESPAÇO DA IDEIAS

Vislumbro um vulto
Num longínquo espaço,
Das idéias, num hemisfério
Algo deletério do meu
Insano cérebro!
Sinto ainda a força da
Imagem que me deprecia,
De espectro feminino,
Algo impuro!
A açoitar com seu toque
Traiçoeiro o âmago do
Meu sentimento de macho
Ferido!
Algo arranha ainda um peito
Sofrido, vitima do ímpeto
Feminino, que tem o feminino
Pelo sexo forte dos meninos!
Cuja pegada é firme e viril,
Porque é instinto e natureza,
Que preserva ou mata a beleza,
De gerarmos uns aos outros
Pelo coito estafante,
Praticado pela fúria dos amantes!
Não nos amamos por querer,
Mas, para atender as necessidades
Naturais!
Não propriamente nossas, mas da espécie!

José Antonio da Silva,
Rio de Janeiro, 22/04/2010.

ANTES, HOJE E SEMPRE...

ANTES, HOJE E SEMPRE...
Jamais se deve pensar que nunca mais faremos o que já fizemos antes, nem tampouco afirmar que, -“ desta água não beberei e deste pão não comerei”. A vida é cansaço e repetição e não há nada que se faça hoje que não tenha sido feita anteriormente ao longo do curso da história da humanidade!
O que foi é o que será: o que acontece é o que há de acontecer. Não há nada de novo debaixo do sol. – ECLESIASTES.
O homem atual continua pensar como pensou o homem de 400 a.c – Os estóicos imaginavam o homem como um reflexo do universo – um microcosmo - quantos de nós pensamos como eles em pleno século XXI? Quantos homens vivem nos dias atuais a experiência vivida por Epicuro e seus seguidores na antiguidade? E quantos repetem o pensamento socrático tal qual o pensamento original?. Assim é a vida, repetição e fadiga além de muitas perguntas sem respostas.
Perguntas como: “Que proveito tira o homem do seu trabalho?” Onde está a resposta para de onde viemos? Quem somos? Por que estamos na terra? Por que matamos uns aos outros? Por que somos ego, quando deveriamos ser apenas consciência?
Aliais, consciência é o que devemos ser a partir do momento em que nos percebemos.
“Não é por acaso que todos os pensadores estão interligados pelo elo dos pensamentos pregressos e todos repetiram os primeiros, tendo apenas o privilégio de acrescentar algo de suas próprias percepções que logo a seguir foram repetidas.”
Quantos de nós pensamos como Platão e quantos como Aristóteles? Os homens se repetem nas ações e nos pensamentos através dos tempos. Cria uma cultura para sobreviver em sociedade e ainda não evoluiu apenas para a prática do bem! É mau e degenerativo embora tenha o livre arbitrio que até então utiliza mais para o mal que para o bem. Pensa mais em si que no próximo e está longe de aprender dividir, em franco contraste com a sua realidade de só poder existir em sociedade. Tudo se repete através do tempo e debaixo do sol e sobre a crosta terrestre e sobre as águas do mar! E se repetem os atos e os fatos, o bem e o mal, a dor e sofrimento, assim como o perdão!

“Tudo sucede igualmente a todos; o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento”.Eclesiastes.

É assim que por enquanto a humanidade vive a vida que percebe pela realidade dos sentidos e portanto, o que percebe sua consciência, sem dá muita importância a razão ou pelo menos o seu reconhecimento se é que existe razão no coletivo humano!

José Antonio da Silva – Rio de Janeiro -22/04/2010.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

ABSTRAÇÃO

ABSTRAÇÃO

Começava entardecer,
Da varanda olhava
O tempo que não me vê!
Em vôos rasantes sobre a copa
Das árvores a passarada
Buscava abrigo, alvoroçada.
No céu crepuscular
Olhava os cúmulos, os cirros,
Entre alguns nimbos
E sentia a inevitável
necessidade de me amar!
Amar foi sempre meu delírio,
Meu descompasso, meu calcanhar de Achilles!
Sempre busquei o amor mais profundo,
Aquele que parece só existir no fim do mundo,
Para me consolar.
Nunca encontrei parceiros para me acompanhar!
Sempre senti com tristeza que amar
Pode ser um ato isolado, sem contra partida,
Do Lado de lá!
Nunca entendi o envolvimento da alma
No ato de amar visto que, me parece ser
a matéria o palco real onde a fato se dá!
Creio na alma e na vida eterna!

José Antonio da silva,
Cabo Frio, 26/03/2010.

SENTIR

S E N T I R

Sentir o cheiro de nada,
Sentir o tempo na estrada
E a brisa da madrugada,
Odores de flores no jardim,
ou um beijo nos lábios!
Sentir o rumo que damos
Aos caminhos da vida
Buscando o que desejamos,
Mas, sem perder a batida!
Que deve ser firme, constante
E decidida!
Na luta que nos exige o dia a
Dia da vida!
Sentir que nunca devemos
Abrir mão do que queremos!
Sentir que o amor é o maior
Dos sentimentos e que a libido
É a energia que move o homem,
Que um grande amor começa
Pelo impulso do sexo e termina
Na felicidade dos amantes!
Sentir que na cama é onde o amor
Cresce e aparece para ser
Profícuo!
Sentir que o tempo não é obstáculo
Para quem ama e que é na alma onde
Onde o amor faz cama!
Sentir que não se deve sentir vergonha,
De implorar amor, porque o humilde
Será exaltado!
Sentir que o preconceito está a um
Passo do conceito!
Sentir que o direito não é perfeito,
Sentir que falta fé nos homens de pouca fé!
Sentir que o que parece bom, muitas
Vezes não é!
Sentir que a verdade é boa para quem lhe parece,
Mas é na mentira que a coisa acontece.
É assim que funciona!
Sentir que a verdade doe e a mentira enternece!
Sentir que é dessa forma que a humanidade
cresce e também fenece!

José Antonio da Silva,
Cabo Frio, 06/04/2010.

WIRELESS SENTIMENTAL

WIRELESS SENTIMENTAL
Inusitado é talvez o fato de alguém misturar palavras de idiomas diferentes, ou melhor, estrangeiros para expressar suas opiniões, conceitos, pré-conceitos etc.
O fato é que essa coisa de WIRELESS, que atualmente nos liga ao mundo via WEB, pode ser estendido ao LINK que liga as pessoas pelo mundo afora no campo sentimental, senão vejamos:
Essa coisa abstrata que liga os pais aos filhos, na prática funciona como uma ligação tipo WIRELESS dos rastreadores aos computadores. Digamos que se trata do WIRELESS da vida!
Esse recurso de comunicação entre os seres humanos tem um poder de captação bem mais consistente que entre os LAPTOPS da indústria, porque na verdade faz a ligação entre os LAPTOPS da vida, ou seja entre os Hominidaes. Olha ai; lá vem o latim!
O WIRELESS sentimental é tão forte que às vezes pensamos e sentimos pelos filhos, esquecemos que eles tem vida própria e que, como tal, sentem, respiram e aspiram.
Na realidade tudo isto existe porque estes WIRELESS que interligam as máquinas são semelhantes aos que interligam os homens, isto é, pertencem e se originam no campo magnético comum que interliga todos os corpos do universo!
Não é à toa que o homem é a referência para construção da máquina que por conseqüência imita o homem. Seria a máquina o homem cibernético?
A diferença é que a máquina não sente, tem portanto um WIRELESS indiferente as emoções vividas pelo WIRELESS humano!
Essa coisa está tão interligada que um computador também pode chorar, desde para isto seja programado, enquanto que o homem já tráz a capacidade de chorar em suas entranhas, bastando que para isto seja estimulado, e nada melhor que um WIRELESS SENTIMENTAL , para fazê-lo chorar!
Querem ver? Basta que para isto seu filho, ou filha, escolha um causa que não seja a sua. Como p. ex. lhe de uma nora indesejada, ou um genro, tanto faz!
Mas, isto posto, não devemos esquecer que este WIRELESS, não ocorre apenas entre pais e filhos. Também acontece entre outras esferas do relacionamento humano. E ai, meu filho, o bicho pega e haja panos para as mangas.
Vou parar por aqui, visto que o meu WIRELESS está ininterruptamente ligado!
José Antonio da Silva,
Cabo Frio, 12/04/2010.

terça-feira, 6 de abril de 2010

PARAIBA

PARAIBA
Paraíba Pequenina, magnânima mulher,
mãe de todos nós, quantos sóis vivi sob
tua bendita luz que meus caminhos ilumina,
até hoje e sempre para que vivas em minha
lembrança com a graça de Deus!
Saí do teu seio, ainda menino, não pela
Minha vontade, mas pela força do destino.
Quantas vezes a luz de tua lua iluminou meus
Passos de menino na noite escura da vida
Para me mostrar o caminho de casa, quando
Voltava das farras notívagas de domingo,
Menos menino, mais jovem, quase homem,
Ainda indefinido vivendo sonhos distantes
Que me deixavam deprimido.
Paraíba teu solo quente, teu sol do oriente,
Ainda chega primeiro em tuas terras, mais
Que em outras terras das Américas calientes!
O teu sol de verão brilha mais que diamante, na
Ponta do cabo branco a leste de mares brandos,
De belezas estonteantes e falésias gigantes!
Paraíba teu solo queima no sertão ardente,
Enquanto em teu mar se molha os pés em águas quentes,
Das piscinas incandescentes de águas cristalinas.
Teus mares são mais verdes, teus ventos mais benéficos,
Teu horizonte mais próximo de minhas vontades.
Sob o teu manto rubro negro encontro a sombra da paz
E me acomodo, sinto-me ninado pelo teu afeto, respiro
Melhor o ar que me bafejas, e descanso a sombra
Do teu filho, coqueiro!

José Antonio da Silva,
João Pessoa – 29/01/2010.
(A Paraíba é meu berço e...) rascunho 04/02/10 de Silva José Antonio Excluir

domingo, 4 de abril de 2010

Madrugada Agônica

MADRUGADA AGÔNICA

Não via a lua, nem a luz,
Ou sequer o mar,
Nem coisa alguma,
Que pudesse me acalmar!
O telefone não tocava,
Nem tampouco a campainha
Chamava!
Pensei então o que fazer da vida,
Ou melhor; por onde anda minha
Rapaziada!
Às altas horas da madrugada.
A noite escura me apavorava,
A madrugada em vias da alvorada,
Já ouvia baixinho o primeiro
Gorjear da passarada!
E a Rapaziada, nada!
Manhã chegando, meu peito agita,
Meu sangue ferve, meu coração palpita,
Meu cérebro aflito quase me enlouquece,
Quando eis que de repente,
Meu rapaz aparece!
Algo pálido e com sudorese,
Olhos vermelhos da boemia,
Copo na mão tomando uma fria,
Me ignora! Não por querer,
Mas, por impossibilidade!
Eu solitário, solidário pus-lhe a dormir,
Agradeci aos céus o fim da agonia,
Vi em sem rosto a insegurança que
O deglutia e a expectativa de um
Novo dia!
Que certamente amanhecerá,
Para que tudo novamente aconteça,
Da mesma forma fria que consome
As pessoas!

José Antonio da Silva,
Cabo Frio – 04/04/2010.
(...qual noite insone, pelo filho,
Um pai se consome...)