segunda-feira, 12 de abril de 2010

ABSTRAÇÃO

ABSTRAÇÃO

Começava entardecer,
Da varanda olhava
O tempo que não me vê!
Em vôos rasantes sobre a copa
Das árvores a passarada
Buscava abrigo, alvoroçada.
No céu crepuscular
Olhava os cúmulos, os cirros,
Entre alguns nimbos
E sentia a inevitável
necessidade de me amar!
Amar foi sempre meu delírio,
Meu descompasso, meu calcanhar de Achilles!
Sempre busquei o amor mais profundo,
Aquele que parece só existir no fim do mundo,
Para me consolar.
Nunca encontrei parceiros para me acompanhar!
Sempre senti com tristeza que amar
Pode ser um ato isolado, sem contra partida,
Do Lado de lá!
Nunca entendi o envolvimento da alma
No ato de amar visto que, me parece ser
a matéria o palco real onde a fato se dá!
Creio na alma e na vida eterna!

José Antonio da silva,
Cabo Frio, 26/03/2010.

2 comentários:

  1. É difícil sentir o amor, quando repulsamos mesmo que involuntariamente àqueles que nos amam, para sentirmos o amor verdadeiro, é necessário deixarmos ser amados e permitir que tal nobre sentimento seja manifestado, no carinho dos que nos amam.

    Eu te amo!

    Beijos.

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  2. "Amar foi sempre meu delírio,
    Meu descompasso, meu calcanhar de Achilles!
    Sempre busquei o amor mais profundo,
    Aquele que parece só existir no fim do mundo,
    Para me consolar.
    Nunca encontrei parceiros para me acompanhar!
    Sempre senti com tristeza que amar
    Pode ser um ato isolado, sem contra partida,
    Do Lado de lá!"

    Quase que inefável,prezado Dr. Zé.

    Compartilho do seu pensar e sentir,nesse sentido.

    É algo tão intrínseco e transcendental,ao mesmo tempo simples e puro que, embora a falta de feedback adequado seja frustrante,a idéia evoluída de que o amor se basta por si só e que deve ser incondicional,abstrai a tristeza da falta do eco.Tenho me conscientizado de que jamais possam alcançar o âmago do meu sentimento,e do lado de lá,só deve haver Deus...embora seja um sonho romantico viver esse delírio na cia perfeita.

    Namastê!

    Cíntia Azevedo

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