domingo, 4 de abril de 2010

Madrugada Agônica

MADRUGADA AGÔNICA

Não via a lua, nem a luz,
Ou sequer o mar,
Nem coisa alguma,
Que pudesse me acalmar!
O telefone não tocava,
Nem tampouco a campainha
Chamava!
Pensei então o que fazer da vida,
Ou melhor; por onde anda minha
Rapaziada!
Às altas horas da madrugada.
A noite escura me apavorava,
A madrugada em vias da alvorada,
Já ouvia baixinho o primeiro
Gorjear da passarada!
E a Rapaziada, nada!
Manhã chegando, meu peito agita,
Meu sangue ferve, meu coração palpita,
Meu cérebro aflito quase me enlouquece,
Quando eis que de repente,
Meu rapaz aparece!
Algo pálido e com sudorese,
Olhos vermelhos da boemia,
Copo na mão tomando uma fria,
Me ignora! Não por querer,
Mas, por impossibilidade!
Eu solitário, solidário pus-lhe a dormir,
Agradeci aos céus o fim da agonia,
Vi em sem rosto a insegurança que
O deglutia e a expectativa de um
Novo dia!
Que certamente amanhecerá,
Para que tudo novamente aconteça,
Da mesma forma fria que consome
As pessoas!

José Antonio da Silva,
Cabo Frio – 04/04/2010.
(...qual noite insone, pelo filho,
Um pai se consome...)

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