FUMAÇA
É como se seu corpo,
Morresse um pouco
A cada trago
Do prazer nefasto
Do vil cigarro,
Nele desabafa o tédio
De talvez viver
Do nojo, do escarro,
Que a faz tossir
Na tentativa inútil
De si expelir.
Da própria carne,
Do próprio ser,
Do inconsciente desejo
De não existir,
Embora exista,
Mas não pelo querer.
Fumar é assim,
Uma maneira fútil
De assistir, o próprio fim.
José Antonio da Silva – Cabo Frio – 22/11/2008.
sábado, 10 de outubro de 2009
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