O MUNDO NÃO É APENAS UMA BOLA...
Pense em algo complexo, p.ex. no corpo humano. Para quem acha interessante conhecer os mistérios do mundo deve antes de tudo basear-se numa estrutura de sabida complexidade como no caso do exemplo citado. Aqui não cabe a assertiva de que Deus fez o homem a sua semelhança, pois se assim fosse, na realidade teríamos certamente a forma globosa de uma bola. Tamanha é a complexidade do mundo que a partir de agora começo a escrever esta palavra com letra maiúscula, e portanto, considerar o Mundo o próprio Deus. Se Ele não nos fez à sua real semelhança na forma, nos fez em complexidade. Assim como existe
em nosso organismo mecanismo ativo de feed-back capaz de controlar excessos, prováveis causadores de danos ao nosso organismo, existe o feed-back global para controlar os excessos praticados pelos diferentes agentes Seus habitantes, quando estes cometem de forma comprometedora a fisiologia global. Senão vejamos: Como entender o aparecimento da pandemia universal da AIDS há cerca de 30 anos justamente quando a densidade demográfica do globo apresentava os primeiros sinais de hipertrofia? Como entender a ação dos terremotos que dizimam populações inteiras num passe de mágica? E as Tsunamis que matam 300.000 pessoas de uma só vez? – Devemos pensar estes fenômenos apenas do ponto de vista geológico? - Pensar com o senso comum é a tendência, afinal de contas o Mundo não quer que saibamos muito sobre Ele porque isto poderia comprometer algo da sua Onipotência perante Suas criaturas. Mas, o fato é que sendo muito vivo, é capaz de sentir e reagir à ação de Seus agentes pelos diferentes mecanismos de controle que possui. Desta forma promove equilíbrio ecológico à todo momento. Mesmo assim vem correndo sérios risco de desaparecimento sob a gama de ações danosas sobre Suas estruturas. Às vezes nos parece exausto de tanto reagir chegando a ameaçar Sua própria homeostase. Promete o degelo dos pólos, a desidratação dos Seus tecidos para inundar Seus próprios pulmões num grande edema agudo de proporções verdadeiramente autofágicas, a dissolução da camada de ozônio com o conseqüente comprometimento da vida de suas criaturas que não parecem nada interessadas em seguir suas determinações. Devemos pensar então que se o Mundo deu as Suas criaturas a prerrogativa do suicídio é porque Ele também pode praticá-lo de forma radical quando todos seremos vitimados. Suicídio do mundo será sempre coletivo. Cada um de nós vivemos como um órgão do Mundo. Como todo órgão devemos trabalhar em sistema com uma função especifica para um objetivo comum. Aqui seria preservar a vida individual e coletivamente, seguindo Seus desígnios. Assim como o plasma conduz os alimentos às células dos seres vivos animais e a seiva nos vegetais, os mares, rios e oceanos conduzem no Mundo. Estes elementos são órgãos que produzem vida que sustentam vida. Não façamos portanto, com que Ele nos restrinja a vida sendo obrigado a restringir sua própria em função do mal que Lhe fazemos. Pai de todos nós vivemos em Seu seio, crias do seu ventre, somos formados dos Seus Próprios átomos. Pelo seu juízo resgata-nos ao tempo que determina necessário à condição de origem após tentar nos fazer entendê-Lo. Nesse caminho nos permite alguns excessos desde que estes não comprometam a sua autoridade, como também compartilha conosco coisa maravilhosas ou catastróficas. Não duvidemos portanto, da verdadeira sabedoria do Mundo!
José Antonio da Silva.
Cabo Frio – 15/10/2009.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
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